A Música do Olodum - Uma estrada da Paixão.
Olodum - Vem de Olodumaré, o nome de Deus em iorubá, o nome da rosa, a explosão que criou o mundo, o homem, a mulher, a natureza e a sabedoria. A música do Olodum é a música das ruas, do carnaval, da cultura e da luta contra o racismo, originada no Pelourinho, Salvador-Bahia, cenário natural da aventura musical do Olodum. É nesse universo de diversidade que o Olodum comemora o ritmo do samba-reggae com profundo desejo de promover a cultura da Paz.
É a música das ruas do Maciel-Pelourinho e porta-voz da luta contra o racismo, do movimento da cidadania negra e urbana, enraizado nas tradições do candomblé, da capoeira, dos quilombos, de Bob Marley, Nelson Mandela, Malcom X, Martin Luther King, Maomé, Buda, Shiva, Gandhi, Jesus, entre outros que hoje são símbolos de luta e resistência.
A poderosa música do Olodum é também a sonoridade musical dos iorubás, dos ibos, dos jejes, dos ijexás, dos quimbundos, dos umbundos, dos macuas, dos ashanti, daqueles que vieram do Golfo da Guiné, da Costa do Ouro, da Baía de Luanda (Angola) da Costa de Moçambique e que fizeram de Salvador da Bahia "a Tebas Negra, a Troca Negra , a Roma Negra”.
Assim, o discurso comprometido com a raça negra está registrado poeticamente nas letras das canções como um importante instrumento de memória. Este livro contém parte da criação musical dos Compositores Olodum que, ao longo de 39 anos de carnaval, contribuíram significativamente ao poetizar canções de fortes expressões que retratam os anseios de um povo.
Desejamos que suas letras/ canções sejam eternas, assim como são as pirâmides, a cidade de Oyó, de Ifé, a cidade de Kumasi, a cidade de Lalibela, o rio Nilo, o monte Kilimanjaro, o deserto do Saara, eternas como são nossos sonhos por um mundo melhor.
Mas, “Lutar é preciso” e, assim como sobreviveram, Zumbi, o Quilombo dos Palmares, a Revolta dos Búzios, a Revolta dos Malês entre tantos outros símbolos, o Olodum, embalado por suas canções, com o perfume das rosas, sempre contando as duas historias dos povos da natureza e da cultura, vai Olodum seguindo o seu caminho em busca da igualdade e da liberdade.
João Jorge Santos Rodrigues
Presidente do Olodum
Musa Negra .
Autor: Cruz
Canta : Nego
1985
No jardim africano regados
Por cabaças e encantos
Lendas e rituais
Como eu lembrava dos carnavais... ( Bis)
Todo ano no dia de sexta feira... (bis)
O negro balança a roseira
E vem pro Olodum cantar
Musa negra, princesa do Olodum.
Quero te ver dançando
Ao som do baticum
Em pleno baticum
Tum tum tum
Em pleno baticum
Rosa negra, princesa do Olodum.
Quero te ver dançando
Ao som do baticum
Em pleno baticum
Tum Tum Tum no bloco Olodum (bis)
Bôôôsiribum bum bum bum (Refrão)
ôôôsiribum Bum bum bum
ôôôsirubum bum bum bum
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