quinta-feira, 26 de julho de 2018

A Música do Olodum - Uma Estrada da Paixão 2018.


                                    A Música do Olodum - Uma estrada da Paixão.


Olodum - Vem de Olodumaré, o nome de Deus em iorubá, o nome da rosa, a explosão que criou o mundo, o homem, a mulher, a natureza e a sabedoria. A música do Olodum é a música das ruas, do carnaval, da cultura e da luta contra o racismo, originada no Pelourinho, Salvador-Bahia, cenário natural da aventura musical do Olodum. É nesse universo de diversidade que o Olodum comemora o ritmo do samba-reggae com profundo desejo de promover a cultura da Paz.

É a música das ruas do Maciel-Pelourinho e porta-voz da luta contra o racismo, do movimento da cidadania negra e urbana, enraizado nas tradições do candomblé, da capoeira, dos quilombos, de Bob Marley, Nelson Mandela, Malcom X, Martin Luther King, Maomé, Buda, Shiva, Gandhi, Jesus, entre outros que hoje são símbolos de luta e resistência.

A poderosa música do Olodum é também a sonoridade musical dos iorubás, dos ibos, dos jejes, dos ijexás, dos quimbundos, dos umbundos, dos macuas, dos ashanti, daqueles que vieram do Golfo da Guiné, da Costa do Ouro, da Baía de Luanda (Angola) da Costa de Moçambique e que fizeram de Salvador da Bahia "a Tebas Negra, a Troca Negra , a Roma Negra”.

Assim, o discurso comprometido com a raça negra está registrado poeticamente nas letras das canções como um importante instrumento de memória. Este livro contém parte da criação musical dos Compositores Olodum que, ao longo de 39 anos de carnaval, contribuíram significativamente ao poetizar canções de fortes expressões que retratam os anseios de um povo. 

Desejamos que suas letras/ canções sejam eternas, assim como são as pirâmides, a cidade de Oyó, de Ifé, a cidade de Kumasi, a cidade de Lalibela, o rio Nilo, o monte Kilimanjaro, o deserto do Saara, eternas como são nossos sonhos por um mundo melhor.
Mas, “Lutar é preciso” e, assim como sobreviveram, Zumbi, o Quilombo dos Palmares, a Revolta dos Búzios, a Revolta dos Malês entre tantos outros símbolos, o Olodum, embalado por suas canções, com o perfume das rosas, sempre contando as duas historias dos povos da natureza e da cultura, vai  Olodum seguindo o seu caminho em busca da igualdade e da liberdade.

João Jorge Santos Rodrigues
Presidente do Olodum

Musa Negra .   

Autor: Cruz 
Canta : Nego
1985

No jardim africano regados 
Por cabaças e encantos 
Lendas e rituais 
Como eu lembrava dos carnavais...  ( Bis) 

Todo ano no dia de sexta feira... (bis)
O negro balança a roseira 
E  vem pro Olodum cantar   
               
Musa negra, princesa do Olodum.                                       
Quero te ver dançando  
Ao som do  baticum  
Em pleno baticum              
Tum tum tum                    
Em pleno baticum      

Rosa negra, princesa do Olodum.                                       
Quero te ver dançando  
Ao som do  baticum  
Em pleno baticum       

Tum Tum Tum no bloco  Olodum (bis) 
Bôôôsiribum bum bum bum    (Refrão)                
ôôôsiribum Bum bum bum                               
ôôôsirubum bum bum bum



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Quando no Egito... Gizé